sexta-feira, dezembro 19, 2008

Just sing me the tune...


I tried talking to you...while you do, what you do. I swap places with you, just to see things through. Just sing me the tune and you'll see... I'll keep it here for you. I'll wait for your cue.
You wrote down all the words, black and white, in a wall. Just keepin' it so, yeah you know how it goes... No plans for a change, nothing strange, no not today no way.
Just sing me the tune...
Cash it in and throw it all away
Never needed any of it anyway

So you crash, and you burn. Sometimes the road will twist and turn. Some of this, less of that. Forget all about the map california road.
Side one, track two, on a record of you. I've even stuck on a groove that i don't wanna lose... Just play it again, as a friend... it's your favorite worn-in shoes

Now sing me the tune...
Cash it in and throw it all away
Never needed any of it anyway
So you twist, and you turn. Uncomfortable fool, you'll never learn. But you can take a stand. Forget all about the plans california rose.

Cash it in and throw it all away
Never needed any of it anyway...

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Por Ali, Por Ali

Acho que devíamos começar a falar com os olhos. Sou a última de uma espécie e querem extinguir-me.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

"Ok, já sei o que é que vou tocar. Vou tocar uma música... vou tocar esta música."

O silêncio deixa-me ileso e que importância tem…


Disseram-me que “tudo o que dizemos, não é verdadeiramente nosso”.
Mas não gosto tanto da ideia de universos paralelos como do sentido de vidas perpendiculares.
Há pequenos cantos onde o desconforto de querer dizer a coisa certa confunde-se com um calor corrupto.

Não cedo…
este segredo…
é frágil e é meu.


Eu não sei tanto sobre tanta coisa… que às vezes tenho medo de dizer aquelas coisas…


A minha inteligência eleva-se acima da minha vontade.
E com as forças da natureza que repelem e impelem a sensível pele do incerto a afirmar-se,
Não me perguntes nada… eu não sei dizer.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Maria tem dói-dói

Numa noite de Lisboa, numas escadas num bairro no alto, a vida passava e esforçávamo-nos por acompanhá-la (ela às vezes tem as pernas maiores do que o tempo).
São 4 mas subdividem-se em 2+1+1. As duas não precisam de palavras para comunicar. Há sorrisos, olhares e meias palavras, incompreensíveis para qualquer outro, que exprimem todos os desejos, vontades e frustrações. E entre qualquer transmissão de pensamentos solta-se um risinho cúmplice.
Os olhos vagueiam, a mente vai-se passeando em dançantes rodopios em torno de algo mais profundo do que as pedras pisadas da calçada portuguesa adivinham… e o corpo mostra-se presente.
O que (se) passa aqui? Não é essa a questão. O que se gostaria que passasse e o que se passou e passa noutro sítio. Porque assim somos, insatisfeitos e sempre com fome demais, de mais.
Maria apresentou-me a paciência.
Inventou letras para músicas inalteráveis, blasfémias encantadoras.
Maria conduz como um taxista em Lisboa.
Mas Maria também pisa a uva e calça sapatos altos.
Maria é uma mulher na alma de uma criança.
Maria, Maria, Maria… um dia chamaram-te Caterina.
Assim como foste a minha perseverança, poderei ser a tua mão direita enquanto te fizer falta.

This Is Not a Love Song

Ouvir.
Rir. Rirmo-nos. Rir.
Falar mal de. Ele. Nós.
A voz.
Ser preconceituosa é feio, e julgar sem total conhecimento de causa foi precipitado.
Desculpa, André Sardet. Não sabia que tinhas feito um álbum para crianças.

sábado, novembro 08, 2008

Há Ofensas Elogiosas

"Já são dez para as seis da manha
E há mais um imbecil a pensar
Este mundo não foi feito para a gente entender
Nem por isso eu deixo de o tentar"

Manel Cruz


segunda-feira, novembro 03, 2008

So Sorry

Progressivamente a afastar-se do progresso







Deixa a porta entreaberta e não esperes por mim

quinta-feira, outubro 30, 2008

Karma Police

- Essas tuas mãos andam muito libertinas…

- É tudo muito relativo…

Se isto fosse aquilo… ficaria por dizer…

- Gosto de conversas relativamente longas em dias de chuva.

E a seguir, roubou-lhe um beijo.

Porque ser poeta é qualquer coisa que não isto,

Se isto fosse aquilo e não isso que isto é… aquilo que isto seria, ficaria por dizer.

domingo, outubro 12, 2008

Caleidoscópio

Inventar vem de (em) aventura, quando o vasto léxico não toca o horizonte que nos leva para lá do comum e razoável.
É preciso tirar os pés do chão, é preciso ler o dicionário de pernas para o ar... porque já não há química romantesca.
"A-CA-bou-se."
Não gosto de manhãs. Gosto de entardeceres, gosto da entrada na noite e gosto particularmente de uma madrugada em que parece que só nós é que estamos de pé em todo o mundo.
Todos estão a dormir, a deixar o momento passar… e nós a vivê-lo.
Amanhã quando todos acordarem de manhã e começarem o seu dia, nós já vivemos o nosso.
Foi-se tudo na nossa madrugada e bastou esse tempo para podermos dormir toda a manhã e o início da tarde para só acordar para mais um entardecer.
Vivemos ao contrário do mundo mas só assim poderíamos ser quem somos.

segunda-feira, outubro 06, 2008

sexta-feira, outubro 03, 2008

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Chamemos-lhe Carisma

sexta-feira, setembro 05, 2008

"Eu queria ser músico de Jazz... eu queria ser... (...) mas não controlo o meu ser."

- Olá.
“Olá”, responde ele com uma expressão indecifrável que tão bem o caracteriza.
Tento, porém, mudá-lo um pouco e pergunto, num tom de quem não sabe bem se deveria perguntar:

- Estamos bem?

Mais uma vez, a sua resposta é tão esclarecedora como se nada tivesse respondido: “estamos”.
Preciso de uma expressão familiar!, daquelas que todos usamos: um sorriso sedutor, um olhar de desprezo com uma voz chateada… algo!
Depois de uma pausa e um olhar (com o qual tento transmitir "podias dar uma ajudinha…"), digo:

- Mas… Estamos iguais?... Ou mudámos?


Tenho medo que diga que mudámos, mas não vejo como é que podemos estar iguais.


É um pacifismo tipo Guerra Fria.
O triângulo das Bermudas.
A história de Inês de Castro e um coração arrancado pelas costas.

terça-feira, setembro 02, 2008

Em sentido, Camarada! (I DON'T kiss and tell...) - Recruta, abaixo 86 vezes!

São 6h30. Já só faltam 15h…

Se conseguir dormir, facilmente passo 10h em fast-forward. O problema está, exactamente, em conseguir dormir.
Estou cansado mas o meu cérebro não quer abrandar.
Revejo tudo a acontecer. E não percebo quais são as teias que ligam uns factos aos outros.
E tento formar argumentos, razões e histórias subliminares para que algo faça sentido.

Não faz.

São dias de guerra. Há batalhas a travar. O território a conquistar ainda é indeterminado.
Eu sou o soldado que fuma o seu cigarro dentro da carabina.
Camuflo a incandescência… E por isso, não me vais ver. Porque me vou esconder debaixo do que sempre fui.
Na complexidade da singularidade e na simplicidade da multiplicidade.

Absorvo o exterior. Tento perceber o azul e o amarelo e esgoto-me em verde.

Já não se fazem segredos como antes mas eu ainda guardo os meus. Dentro de mim. Ao verbalizá-los, acabam sempre por se perder…
A palavra de ordem é: cumplicidade. E eu não gosto de intermediários.
É quente e é fria. É o que fazes com que ela seja ou o que ela quer ser para ti.

E enquanto penso na falta de cedências, abdico de mais um minuto para deixar-me adormecer.

Está e não está. O lugar é só uma localização espacial.
O tempo dura o necessário. Um atraso conveniente emerge da insegurança.
Mas a monotonia deixa-me a desafinar…
Divido cada dia em dois. E não é por isso que deixo de ansiar que o tempo corra.

Ainda só são 6h35.

Não deveriam ser precisos pretextos.

segunda-feira, setembro 01, 2008

sábado, agosto 02, 2008

Umas Reticências no Meio de Uns Parêntesis

Porque ele é...
(tal como é)
(Será que o é?)
Ficas assim...
(Como és, te tornaste ou tentas ser)
Na legitimidade do não saber.
(como és para ele e como ele é para ti)

segunda-feira, junho 30, 2008

The Space Between - When It Falls (Zero 7)

Já o sentia à distância... Conheço aqueles passos interrogativos melhor que os meus.
Respirou ofegante por cima do meu ombro e, numa expiração, senti-lhe o hálito a álcool etílico puro.
Virei-me, a medo, e vi o pino de segurança da granada entre os seus dentes. E ele, de braços abertos, como se se entregasse, qual mártir, a uma causa cuja solução não era esta.
Conversar com uma granada pronta a rebentar na mão de alguém alcoolicamente alterado nunca foram boas condições para um diálogo.
Encostada à parede, digo a verdade (sempre me ensinaram que "quem diz a verdade, não merece castigo").
Aprendo que é tudo uma grande mentira.
A maior parte das pessoas que exige a verdade, não está pronta para tê-la. Quer saber porque se sente perdido... mas quando tem a informação na mão, não sabe o que fazer com ela e acaba por dar um passo atrás em vez de o passo em frente.
Quem se enche de coragem e diz a verdade é que acaba por ser recriminada, mesmo que a verdade dita não fosse o mais importante mas sim o facto de ter dito a verdade.

Ele larga a granada.

sábado, junho 21, 2008

O Céu É Maior


Esquadros

Dizem as lendas (ou então as pessoas com quem partilhei os últimos tempos) que

tudo o que é de Bologna, de Bologna não poderá sair.


Tentámos levar um pouco daqui e as forças da cidade detiveram-nos... Sorrimos ainda que meio tristes, porque aprendemos a harmonizarmo-nos com estes ventos da melhor maneira possível. Conseguir o equilibrio é fácil quanto mais prontos para cair estivermos.
A minha menina dos olhos azuis já se foi, assim como a das pernas de algodão. Só fiquei eu e este calor asfixiante.
E com o tempo a sorrir com os seus grandes dentes, despeço-me sem me ir embora. Baixo a guarda… Mas tenho que ter a força para erguer de novo a armadura. Há medo. Medo de... não ter lugar.
Debaixo das arcadas dou os últimos passos desta viagem... escrevo no telemóvel tudo isto porque me têm faltado as palavras parada.
Agora, já sentada debaixo desta árvore, enquanto espero por qualquer coisa, observo o irreal disto tudo. Como estão todos aqui e aqui não há nada. Só vão permanecer fotos que vão envelhecer connosco, e de sépia perderão a cor até ao preto e branco.
Ainda tenho a queimadura do teu cigarro de quando te aproximaste demasiado de mim.
Encontro-me entre espirais infinitas em defesa do Holismo e metamorfoses disléxicas. E... mesmo assim...

Às vezes sabe bem um cliché.


Feelin' the Same Way

Adeus Bologna.

quinta-feira, junho 12, 2008

"Toma lá, que já almoçaste"


Joss Stone - Son of a Preacher Man

sexta-feira, abril 18, 2008

Over And Out

Já sonhei em inglês, sempre me lembro de falar português e agora só oiço italiano.
Na recordação estás tu… a Minha Pessoa. Relembro-me de ti, de nós, mas num tempo distante.
Estranhamente és(-me) o estranho que conheci por mais tempo.
Estranhamente és quem mais (me) estranha por me conhecer tão bem.
E por mais estranho que possa parecer... é uma estranheza conhecida... porque afinal de contas, sempre me conheceste assim.

Escreve(-me) nas folhas.
Eu ando por aqui… a perspectivar, retrospectivamente…

sábado, abril 12, 2008

Dois Mundos

Dentro de mim passa-se um mundo e outro.
Um quer tanto girar em torno do sol, o outro quer estagnar e nem sobre si mesmo se envolver.
Todo o tempo que tenho é meu. O meu egoísmo anda cobiçoso.
E dentro de mim…
Excrementos da alma, da razão, da consciência, da culpa.
Falta. Faltas-me e faltei-te.
Cá fora…
Se te balançares muito o mais provável é que não tenha força para agarrar-te… fica quieto, parado, espera por mim. Aliás, não esperes, vem buscar-me.
Tenho a mão no bolso?
É um bolso falso. Serve apenas para me tentar proteger do que chega mais rápido ao sentimento do que à razão, a verdade, é só uma sensação de falsa segurança.
Tapa-me a visão e aquece-me os ouvidos com palavras que me desorientem. Que me tumultuem.
Tira-me o chão debaixo dos pés!
Faz-me saber a que é que sabes…
Não há tempo. Não há tempo para nada. Não há tempo para ninguém.
Mas há!
Há momentos.
Agarra-os.

Quanto mais te quero dizer…

sábado, março 29, 2008

A Teoria do Caos Determinístico para o Capitão Romance

Estende-lhe a mão para que lhe cries o vício e depois deixa-o... a contorcer-se... sozinho... a ver-te sem lá estares. A morder o vidro e cuspir sangue... O verde da esperança já há muito que secou.
Subiram ao topo das torres e acreditaram que estavam mais perto do céu. Mas, embora abafado pela multidão, nas ruas estava gravado um passado… e sabiam que a inclinação de uma torre abalaria a sua felicidade.
O declive é desenhado como um sacrilégio para os demais ingénuos. É uma ingenuidade Primaveril seguida de uma possível morte prematura.
Esperam pela mais escura das noites, na esperança de um novo e resplandecente amanhecer. Ainda mantêm uma agulha na pele, numa costura débil e indefesa para agarrar os restos que ainda permanecem marcados a ferro, desejando uma cicatrização.
É a Teoria do Caos.
“Uma transformação inesperada num futuro incerto” - o efeito borboleta. Borboleta essa que quando lhe tocar nas asas deixará de poder voar. Anda sobre o fio da navalha… a navalha que corta.
No entanto, persegue a borboleta com um brilho nos olhos e uns sapatos velhos nos pés. Embora os sapatos não dancem como antes, são cómodos e sabem a casa. E por mais que o bater das asas possa ser emocionante, as inúmeras cores enganam e seduzem a um caminho percorrido pelos velhos sapatos que ainda não andaram todos os quilómetros. Fizeram os prados verdejantes e algumas partes lamacentas mas ainda não enfrentaram a guerra...
Agora, têm que se molhar e conseguir secar.