sexta-feira, fevereiro 06, 2009

A Champagne Supernova In the Sky (Part III)

Num seis de saber, sabor a Novembro.
Houve um Verão em que acordava durante a madrugada com pedrinhas a bater na janela. Lá em baixo, a felicidade não aguentava por horas apropriadas. Não há relógio que contabilize o pulsar da paixão.
Numa noite inesperada, depois de alguns jarros, as conversas começaram a desenrolar-se por assuntos proibidos e discutidos com comentários eticamente incorrectos. A única saída airosa para o fim da conversa seria, exactamente, a praia que se encontrava mesmo à porta do bar. A praia onde o vento sempre foi um leve sopro para os enamorados e onde as estrelas tinham o poder especial de ofuscar qualquer dúvida.
O pouco equilíbrio e os espíritos alegres contribuíam para abraços e, de repente, ele aproveita um abraço para rebolar com ela duna abaixo. Quando as leis físicas permitiram a paragem, eles continuaram abraçados. Ela, incomodada com a areia em todos o sítios possíveis e imagináveis, não se mostrou muito romântica (quantas vezes teria que lhe ser lembrada a diferença entre o aceitável e o exagero das suas atitudes). Porém, ele já a conhecia e sabia que a tinha.
Naquele instante, a centímetros da sua cara, pareceu-lhe que a olhava há horas, que a conhecia há uma vida... e parecia que ela iria escapar-se-lhe por entre os dedos num instante. Num rompante, disse-lhe apenas uma palavra.
As lágrimas espreitavam e ele sentia-se envergonhado por achar humilhante, talvez, o seu discurso, ou precipitado; mas principalmente, as suas lágrimas.
A verdade é que ela não era tão intocável como se dizia, e para sempre sentiria um toque no coração quando se lembrasse daquele momento.
O rebolar na praia com uma confissão tornar-se-ia uma das recordações a que ela recorreria sempre que o misto de incertezas, misturadas com convicções de querer ficar com ele, a atormentavam.
Sem nada de extraordinário e, mesmo assim, especial, tantas vezes se deitariam na cama, debaixo de muitas mantas e um fofo edredon, a dar risadinhas e fazer comentários. Partilhando ideias e dando espaço para se conhecerem e reconhecerem... e depois.... um adormecia no meio da história do outro. O outro, quando se apercebia, calava-se, sorria, aconchegando-se para dormir também.

“Agora este pensamento meu, também é teu... assim como o resto de mim.”, foram as últimas palavras ditas.

Um dia ainda hei-de reescrever esta história.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Yucatán (Part II)

Vuo aroga erceesvr sem stednio aulgm. Pqroue, praa mim, faz sdnetio. (Se ao menos tudo fosse escrito...)
Deveria saber todas as línguas. Queria entender tudo o que me dizem. Mas às vezes não me dizem. Ou sou eu que não entendo.
Por isso, há gezelligheid com quem, por vezes, entendo.
É como a saudade e a
chuva.
São bonitas.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Take me to NY

Se pudesse descalçar a gravata e cantar o silêncio, dir-te-ia:
Take me to New York, because the last time I saw Paris...