São 6h30. Já só faltam 15h…
Se conseguir dormir, facilmente passo 10h em fast-forward. O problema está, exactamente, em conseguir dormir.
Estou cansado mas o meu cérebro não quer abrandar.
Revejo tudo a acontecer. E não percebo quais são as teias que ligam uns factos aos outros.
E tento formar argumentos, razões e histórias subliminares para que algo faça sentido.
Não faz.
São dias de guerra. Há batalhas a travar. O território a conquistar ainda é indeterminado.
Eu sou o soldado que fuma o seu cigarro dentro da carabina.
Camuflo a incandescência… E por isso, não me vais ver. Porque me vou esconder debaixo do que sempre fui.
Na complexidade da singularidade e na simplicidade da multiplicidade.
Absorvo o exterior. Tento perceber o azul e o amarelo e esgoto-me em verde.
Já não se fazem segredos como antes mas eu ainda guardo os meus. Dentro de mim. Ao verbalizá-los, acabam sempre por se perder…
A palavra de ordem é: cumplicidade. E eu não gosto de intermediários.
É quente e é fria. É o que fazes com que ela seja ou o que ela quer ser para ti.
E enquanto penso na falta de cedências, abdico de mais um minuto para deixar-me adormecer.
Está e não está. O lugar é só uma localização espacial.
O tempo dura o necessário. Um atraso conveniente emerge da insegurança.
Mas a monotonia deixa-me a desafinar…
Divido cada dia em dois. E não é por isso que deixo de ansiar que o tempo corra.
Ainda só são 6h35.
Não deveriam ser precisos pretextos.
2 comentários:
Há muita coisa que não faz sentido... O teu blog faz... :)
Gostei... Muito.
Já to disse, e digo outra vez!
:]
*
Não caibo em mim de tanta alegria! *
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