sábado, junho 21, 2008

O Céu É Maior


Esquadros

Dizem as lendas (ou então as pessoas com quem partilhei os últimos tempos) que

tudo o que é de Bologna, de Bologna não poderá sair.


Tentámos levar um pouco daqui e as forças da cidade detiveram-nos... Sorrimos ainda que meio tristes, porque aprendemos a harmonizarmo-nos com estes ventos da melhor maneira possível. Conseguir o equilibrio é fácil quanto mais prontos para cair estivermos.
A minha menina dos olhos azuis já se foi, assim como a das pernas de algodão. Só fiquei eu e este calor asfixiante.
E com o tempo a sorrir com os seus grandes dentes, despeço-me sem me ir embora. Baixo a guarda… Mas tenho que ter a força para erguer de novo a armadura. Há medo. Medo de... não ter lugar.
Debaixo das arcadas dou os últimos passos desta viagem... escrevo no telemóvel tudo isto porque me têm faltado as palavras parada.
Agora, já sentada debaixo desta árvore, enquanto espero por qualquer coisa, observo o irreal disto tudo. Como estão todos aqui e aqui não há nada. Só vão permanecer fotos que vão envelhecer connosco, e de sépia perderão a cor até ao preto e branco.
Ainda tenho a queimadura do teu cigarro de quando te aproximaste demasiado de mim.
Encontro-me entre espirais infinitas em defesa do Holismo e metamorfoses disléxicas. E... mesmo assim...

Às vezes sabe bem um cliché.


Feelin' the Same Way

Adeus Bologna.

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