domingo, abril 19, 2009

Tudo Isto É Fado

Enquanto pensava para onde iria, onde seria a próxima jornada, gatafunhou num documento bem menos romântico do que uma folha que pudesse ser escondida como um tesouro...

Oiça Lá, Ó Senhor Vinho, Lá Vai Lisboa!...
Lisboa quer tanto ser a Parisiense que passa em Praga com um pé em Copenhaga. Balançar-se num Fado Corrido por Roterdão e ter Um Barco Negro atracado em Budapeste. Sabe-se Lá.
Para trás deixa-se Uma Casa Portuguesa. Deixa-se saudade...
Deixa-se... o que Nem Às Paredes Confesso.

Lisboa Antiga, fico contigo?

Em dias de espera, na incessante procura do futuro, pensou no passado e decidiu o presente.
Tão perto da cidade prometida, tão longe da coragem para o assumir.
“É um amor antigo.” - digo sempre.
Foi um amor perdido - a cidade que me roubou o primeiro amor.
E entreguei-me a Lisboa...
Por momentos pensei que se apagasse as luzes, a visão perderia terreno e os outros sentidos exaltar-se-iam sem censura.
Por momentos tentei ouvir-te (ou o que quer que seja que queres dizer com as palavras que proferes).
Por um momento, cheguei a inspirar-te sem nunca conseguir conhecer-te.
Mas já nos senti mais quentes. Já nos senti ao ponto de sentir muito mais do que sentir. Ao ponto de fazer bem mais do que quereria. De fazer o que queria mesmo.
Devíamos embebedar-nos em transpirações ofegantes e convidarmo-nos para amanhecer.
Porque quando partir, só levo a minha sombra. Essa que me segue até às mais longínquas terras, mesmo que o sol lá não brilhe, quando ligar o candeeiro e me lembrar de quando o desliguei nessa noite em que, por momentos, abdiquei dela para te ter a ti, Lisboa.

quinta-feira, abril 16, 2009

domingo, abril 05, 2009