Na cama, "To Sheila" - Smashing Pumpkins.
Passo os dedos pelo cabelo e deixo as madeixas deste deslizarem por entre os dedos até que estes cheguem à sua ponta e o cabelo caia, inerte. Não há uma única vez que seja exactamente igual. Nada é. Nenhuma parte do nosso corpo, nenhum momento, ninguém.
O cabelo é apenas uma parte deste corpo disforme, desta cabeça baralhada. E nesta mão só me saiu palha. Os Áses não sei na mão de quem estão. Ou se calhar acho que sei... ou ainda um outro se calhar: se jogasse uma damita talvez me safasse esta vaza.
Já todos sabemos que ao ler um texto várias interpretações poderão surgir; ao falarmos, nem sempre nos entendemos... mas o gesto também causa dúvidas.
A dança da sensualidade e do querer nem sempre é dançada nas vezes que desejada. Mas quando o é... quando o é, é mais excitante do que... do que qualquer certeza. As certezas não são muito excitantes...(Pelo menos não algum tempo após o seu conhecimento)
Há todo um circuito dentro de nós que ganha kWh e a nossa mente cria um magnetismo com a força contrária do íman do desejado.
Sem comentários:
Enviar um comentário