Se por um ano largasse tudo e me agarrasse a uma objectiva, poderia fazer fotografias com as minhas mãos e criar sonhos com as minhas perspectivas.
Como um crime de criança, foi um segundo em que pensei que há impossíveis que podem ser realidades e, entre o entrelaçar de uma melodia, escreveu-se a lápis a frase assobiada num só sopro. Há quem lhe chame “o sopro do coração”... eu cá chamo-lhe... submersão de dicotomias.
Mas, qual parábola circular, reiniciei o pensamento e percebi que o excepcional da vida não é o amor que alimentamos com memórias mas os momentos em que desafinamos no mesmo tom e, olhos nos olhos, nos rimos.
Disse-me ele que o pai lhe tinha ensinado que “a vida é um jogo, só temos de aprender a jogar segundo as regras” - depressa discordámos, como passamos os dias a fazer, em conversas intermináveis...
...Mão na roleta, a minha sorte pode ser mais negra que vermelha, mas os números são ímpares e inconfundíveis...
Ele achava que a vida era para ser levada com seriedade e eu murmurei que a vida devia ser tocada como uma música: respeitando os tempos, ouvindo os outros instrumentos e criando crescendos, explosões de vontades!... e momentos em que, do fim da nota ao entrar do silêncio, se tem o diálogo mais intimista de sempre...
...Mão no pulso, ainda estou viva. Sou um corpo que poderia não existir mas, sem ele, não poderíamos dançar ao som da vida...
Deambulando por qualquer pensamento que surja, qualquer experiência que se dê e qualquer emoção que irrompa e desperte a vontade de gravar o momento para que o tempo não o consuma.
terça-feira, novembro 03, 2009
You! Me! Dancing!
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