sexta-feira, janeiro 27, 2006

Previsões

Os mais cépticos dizem "Horóscopo... pff... até parece que TODOS os peixes do mundo vão ter um dia com estas caracerísticas hoje..." Eu também o digo. Afinal só existem 12 signos para cerca de 6.000.000.000 pessoas. Probabilidades?
Mas a verdade (ou: a Minha verdade) é que os lemos. Seja por curiosidade, por achar que nos pode dar uma dica sobre algum assunto (mesmo que no fundo não acreditemos nela), seja pelo que for. Eu leio quando calha apanhar um dos jornais à porta do comboio, ou me calha uma revista alheia nas mãos.
Até tenho uma certa curiosidade em que um dia me "deitem as cartas" ou que me "leiam a mão". Mas depois, penso: E se eu começar a viver influenciada pelo que me disseram? E se eu vir em tudo uma aproximação do que a vidente me disse? E se for tudo mentira?... E se for tudo verdade?
Mas como é que eu posso mudar o rumo de algo que me está predestinado? Se me vai acontecer quer eu me vire para a direita, quer eu me vire para a esquerda, não me parece que valha de muito saber. A não ser para "esperar", não ser apanhada desprevenida. Mas faz-me confusão como é que .... Bem.... ANTES de eu saber (imaginemos) vinha uma rajada de vento contra mim e eu caía para a estrada e era atropelada. Mas, AGORA QUE SEI, já me vou prevenir. E se me previno, a rajada não me levará ao atropelamento! "E se for noutro dia outra coisa que te leve a seres atropelada?" Pois... se a Srª Vidente não fizer o favor de me avisar, e se esta coisa do destino existir mesmo, lá terei que ser atropelada.
Um dos pensamentos que mais reponsável me fazem sentir é o de que as minhas acções têm um peso tão grande que se eu "naquele dia" tivesse voltado atrás, tudo seria diferente hoje. Se eu não tivesse parado para ver se encontrava o telemóvel, talvez tivesse apanhado aquele metro, e talvez me tivesse encontrado com alguém, ou visto algo ou feito alguma coisa, se tivesse chegado ao meu destino nesse metro mais cedo, que mudaria o resto da minha vida.
O Destino é algo que me faz um nó na cabeça no formato de um ponto de interrogação. Mas talvez seja por isso que se inventou a palavra 'Transcendente'.

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