sábado, março 24, 2007

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...

Será que isso quer dizer que não nos definimos a nós próprios, sozinhos?
Teremos que andar com a nossa definição noutra pessoa?
Não consigo estabelecer um padrão nas minhas amizades... Nem percebo porque é que tenho que ter um conjunto semelhante de amigos. Na verdade, se pensar ao longo dos tempos, já me dei com pessoas completamente opostas. Será que isso quer dizer que não tenho um mínimo traço de personalidade definido? Quererá dizer que por gostar de pessoas tão diferentes, não gosto verdadeiramente de nada?
Acredito na versatilidade, numa mente aberta a todas as ideias novas e no saber ver diferentes coisas em diferentes pessoas. Não querendo isso, necessariamente dizer, que eu sou o espelho das pessoas com quem me dou.
..."Os opostos atraem-se"...
..."Normalmente, damo-nos bem com as pessoas com quem nos identificamos, com quem temos algo em comum"...
- O mundo não sabe o que quer...

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és?
Bullshit!
Acho que queremos simplificar demasiado o ser humano, quando a sua beleza está na sua complexidade.

Ídolos

Vão e vêm... mudam com o tempo e connosco.
Nunca consegui eleger uma pessoa como um ídolo. Vou arrancando fragmentos de uns e outros; de pessoas ao meu lado e do outro lado do mundo.
Observo o social... quase sempre... e sempre muito. Gosto de arrancar aquele segundo de qualquer um que tenta esconder algo menos superficial. Gosto de descobrir aquilo que parece tão importante não revelar, sendo que, normalmente, ficaria tão melhor à vista de todos.
Por vezes, sem procurar, descobrimos coisas ou, neste caso, pessoas, que desejávamos ter conhecido há mais tempo....

terça-feira, março 06, 2007

Para: Brandão e restantes OUTcubus

Delirei na primeira aparição no Pavilhão Atlântico, tenho muita pena de não ter comparecido no Coliseu.
Lembro-me bem como foi estar no meio da multidão e quase perder o equilibrio por haver tanta gente em êxtase total.
As marcas das grades que hoje carrego são vãs e lembram-me sempre de odiar um pouco mais a banda.
O último album é um desvio absoluto de quem foram, em tempos de glória merecida.
A "Love Hurts" causa-me náuseas após as piadas intermináveis a que permite perderem a graça. A "Kiss to Send Us Off" simplesmente irrita-me.
E, sinceramente, não sei se estou a ser justa... Imparcial, jamais! Os cd's que lhes reconheço vão de Fungus Amongus a Crowd Left Of The Murder (e já é puxadito).
Não reconheço a banda sequer. O Brandão anda para ali em danças amaricadas, mãos à Amália, para não falar das luvinhas que levam a alguns minutos de alucinação - devia ser das calças que lhe apertavam os neurónios. Aquela coisa branca que nem sei o que lhe chamar e o chapéu que ... nada trazia de positivo. O Mike agarrava a guitarra só porque sim. O Kilmore mexia um bocadito nas suas maquinetas e nos tempos mortos sorria para o público. O baixista, cujo nome nem será aqui escrito deve achar que toca ali numa banda de reggae de putos betos de Cascais e o Pasillas também não deve ter transpirado muito - afinal maior parte das músicas foi tocada da maneira mais homossexualmente calma possível.
Não devo deixar de mencionar o que realmente fica da noite - desilusão, desperdício de dinheiro e tempo, constatações bastantes acertadas da minha cara amiga B.: havia pessoas mais interessantes no público do que no palco, o concerto acabou antes de pessoas em Lisboa acabarem de jantar, há seguranças com um dente a menos que mereciam ficar sem todos, há raparigas que mereciam morrer, "pane.. pane, quê? paneLEIROS!"; da cara colega Ra.: "Desculpa lá mas não tenho onde as pôr"; do ilustre F. e da minha cara amiga Re.:(cuja memória me falha para uma afirmação marcante nesse dia específico mas recorda-me de outra noite - "e a cintura! oh meu deus, ele não tem ideia..." e "[qualquer coisa como «extrovertida»] -ok... podes pôr o tempo! ok... 'tas a ver a Sailormoon? -...Não? -oh, assim não sei explicar!" -> Respectivamente). Ah, o F. também referiu aquando da majestosa subida do vocalista dos More Than a Thousand para o palco: "parece um porquinho..." - e relembrando-me de outras intervenções (que vou poupá-lo de referir), posso concluir que este homem é implacável. Nada lhe escapa e nada perdoa. É bom ter mais um no grupo :p
Quero acabar agradecendo aos 4 que me acompanharam e principalmente ao "sorriso do engate" da B. que mudou por completo a minha visão do mundo e suas seduções.