Bati com o portão e segui pelo caminho mais directo embora fosse aquele em que no meu estado normal menos me agradasse – o carreiro de terra.
Antes de atravessar a estrada muda, olhei para os dois lados e assim o repeti enquanto abria a porta do carro.
Embora já tivesse percebido que não havia ninguém nas imediações, nem sequer um cão vadio, precisei de voltar a confirmar, esquecendo as leis físicas que asseguravam que, se certificado previamente, não seria possível uma aproximação tão rápida do meu corpo, e sem nenhum som denunciante.
Mal bati com a porta, carreguei no fecho central. Estava em segurança mínima. Liguei o carro, o rádio, e segui…
Reparei que estava a pisar demasiado no acelerador. Pensei: E se eu me suicidasse? E se eu morresse hoje?... num dia tão banal, como acontece nos filmes – “Uma pessoa normal morre sem causa prevista. Familiares e amigos encontram-se ainda em estado de choque.”.
Quando passei por um rapaz que andava no passeio à minha direita e seguia a mesma direcção que eu, e ele olhou para o meu carro, apercebi-me que talvez o estivesse a puxar demasiado.(Ao carro, isto é) Resolvi, então, deixar de ter estes pensamentos parvos e concentrar-me na minha condução.
Um pouco mais à frente, num segmento deserto, um peão atravessa a estrada por que eu passo. Era um amigo meu. Ou um antigo amigo. Ele vira a cara na minha direcção e eu olho-o de frente… mas não sei se me vê. A mim.
Continuo e tenho um carro parado à entrada da rotunda sem que houvessem carros alguns a contornar a rotunda.
Prossigo o meu caminho e a mesma música country que toca desde o início na estação de rádio, continua. De certa forma, a música ainda me fazia sentir mais dentro de um filme. A banda sonora perfeita para um pré-desastre.
Quando me aproximo de casa vejo pela primeira vez umas luzes azuis plantadas na relva. Senti então que estava a chegar à meta. Estaciono, entro e corro escadas acima para poder escrever estes meus últimos 10 minutos da forma mais real possível.
...Agora já me sinto mais segura... se bem que ainda um pouco frenética.
Juro que é a ultima vez que vejo “Os Condenados De Shawshank” e conduzo sozinha para casa a ouvir música country.
Antes de atravessar a estrada muda, olhei para os dois lados e assim o repeti enquanto abria a porta do carro.
Embora já tivesse percebido que não havia ninguém nas imediações, nem sequer um cão vadio, precisei de voltar a confirmar, esquecendo as leis físicas que asseguravam que, se certificado previamente, não seria possível uma aproximação tão rápida do meu corpo, e sem nenhum som denunciante.
Mal bati com a porta, carreguei no fecho central. Estava em segurança mínima. Liguei o carro, o rádio, e segui…
Reparei que estava a pisar demasiado no acelerador. Pensei: E se eu me suicidasse? E se eu morresse hoje?... num dia tão banal, como acontece nos filmes – “Uma pessoa normal morre sem causa prevista. Familiares e amigos encontram-se ainda em estado de choque.”.
Quando passei por um rapaz que andava no passeio à minha direita e seguia a mesma direcção que eu, e ele olhou para o meu carro, apercebi-me que talvez o estivesse a puxar demasiado.(Ao carro, isto é) Resolvi, então, deixar de ter estes pensamentos parvos e concentrar-me na minha condução.
Um pouco mais à frente, num segmento deserto, um peão atravessa a estrada por que eu passo. Era um amigo meu. Ou um antigo amigo. Ele vira a cara na minha direcção e eu olho-o de frente… mas não sei se me vê. A mim.
Continuo e tenho um carro parado à entrada da rotunda sem que houvessem carros alguns a contornar a rotunda.
Prossigo o meu caminho e a mesma música country que toca desde o início na estação de rádio, continua. De certa forma, a música ainda me fazia sentir mais dentro de um filme. A banda sonora perfeita para um pré-desastre.
Quando me aproximo de casa vejo pela primeira vez umas luzes azuis plantadas na relva. Senti então que estava a chegar à meta. Estaciono, entro e corro escadas acima para poder escrever estes meus últimos 10 minutos da forma mais real possível.
...Agora já me sinto mais segura... se bem que ainda um pouco frenética.
Juro que é a ultima vez que vejo “Os Condenados De Shawshank” e conduzo sozinha para casa a ouvir música country.
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