quarta-feira, março 08, 2006

Publicidade evitável e inevitável

Agora anda pelo chão do metro um novo tipo de publicidade. Ou melhor, não é novo o “tipo”, porque se baseia em publicidade por meios exclusivamente visuais como grande parte, mas a imagem é mais chamativa. São corpos delineados no chão como se fosse o procedimento da polícia quando encontra um corpo. Rectas traçadas de forma a definir em que posição e local estava a corpo quando encontrado.
A consequência desta imagem que, por remeter a nossa memória aos filmes (que suponho seja o único sitio em que a maioria das pessoas viu esta situação), é a captação da nossa atenção.
Ainda antes destas figuras de corpos aparecerem pelo chão que pisa a multidão, a minha imaginação trouxe-me uma ideia de forma de publicitação.
Imaginemos, ou, “tragamos da nossa memória”, a imagem das muitas pessoas que se acumulam no passeio perante uma passadeira que atravessa uma larga avenida. Todas esperam o sinal verde para poder passar. (apesar de vermos as excepções que esperam encontrar uns segundos de distância entre uns carros e outros para se lançarem em corridas vitais)
Nova forma de publicidade: mal o sinal fica verde, o/a contratado/a pela agência publicitária corre para o meio da passadeira. Pára. E começa a fazer algo extremamente fascinante (ou talvez nem seja preciso tanto o “fantástico”) para as pessoas que (como disse anteriormente – numa avenida larga, logo, a passadeira é razoavelmente longa) ainda estejam a percorrer a passadeira, tenham a sua atenção conquistada.
Razão para ser uma ideia genial: a maior parte da publicidade passa-nos ao lado porque se baseia em ideias habituais e, como tal, não capta a nossa atenção. Pelo contrário, até pode passar a ser publicidade negativa. (Ex: os papéis que distribuem no meio da rua. Maior parte das pessoas recusa sequer pegar no papel). Por isso existem pessoas a especializarem-se neste ramo de actividade, tendo sempre como premissa a criatividade por forma a garantir sempre o surgimento de novas ideias. Assim, esta publicidade, se usada em proporções inteligentes, será praticamente impossível de evitar (as pessoas não vão querer, nem poder passar noutro sitio); o publico alvo não é obrigado a ter que ler frases mais que usadas como: “o produto é o melhor” e “oferece este mundo e o outro”; e, acho que, basicamente, será divertida.

A utilização desta ideia sem o devido consentimento da autora por qualquer pessoa singular ou colectiva será punida por lei.

2 comentários:

Anónimo disse...

eu ja me cruzei com esses "corpos delineados no chao" e isso nao esta apenas no metro!mas so os vi dps de ler o teu post..o q me suscitou um sorriso e pensei "ah entao é a isto q ela se referia"
Já a tua fantastica ideia (ou q consideras ser :P)digamos q é um pouco suicida!eu nao parava p ver uma pessoa numa passadeira a fazer publicidade a o q quer q seja...ta verde...oh meus amigos p frente é q é caminho!
beijinho=)
gostei mt da parte juridica ai introduzida...da assim um ar serio ao post!

She disse...

Cara leitora, cof cof. O texto não referiu em frase alguma que os transeuntes tivessem que efectuar uma paragem a meio da passadeira. Longe de mim apresentar uma ideia com tendências suicidas. Devo, porém, referir que respeito imenso a sua opinião e agradecer o tempo que dispensou a visualizar a minha ideia. E para que veja que só quero lhe quero bem, deixe-me apenas alertá-la para que ande com os olhos um pouco mais ABERTOS ou o pensamento um pouco menos na LUA, para que não corra riscos desnecessários por essas ruas PERIGOSAS do mundo, visto que, depreendi pelo facto de só ter visto os ditos "corpos delineados no chão" após a leitura deste singelo texto, seja uma pessoa um pouco... "distraída", se é que poderei utilizar este termo sem perigo de ferir a sua susceptibilidade.
Com o meu maior respeito, a autora.