Há alguma coisa de novo debaixo do céu?
Se a luz das estrelas chega até nós milhares de anos luz depois, se a estrela para que olhamos já é, na realidade, muito mais velha do que como a observamos da Terra ou até já morreu, então, ao olharmos para as estrelas estamos a olhar para o passado.
E é nas estrelas que tantos depositam os seus desejos, são elas que tantos contemplam ao pensar no futuro, tantos unem as mãos prometendo nunca mais as largar. Nas estrelas...
Deambulando por qualquer pensamento que surja, qualquer experiência que se dê e qualquer emoção que irrompa e desperte a vontade de gravar o momento para que o tempo não o consuma.
sexta-feira, março 24, 2006
quarta-feira, março 08, 2006
Publicidade evitável e inevitável
Agora anda pelo chão do metro um novo tipo de publicidade. Ou melhor, não é novo o “tipo”, porque se baseia em publicidade por meios exclusivamente visuais como grande parte, mas a imagem é mais chamativa. São corpos delineados no chão como se fosse o procedimento da polícia quando encontra um corpo. Rectas traçadas de forma a definir em que posição e local estava a corpo quando encontrado.
A consequência desta imagem que, por remeter a nossa memória aos filmes (que suponho seja o único sitio em que a maioria das pessoas viu esta situação), é a captação da nossa atenção.
Ainda antes destas figuras de corpos aparecerem pelo chão que pisa a multidão, a minha imaginação trouxe-me uma ideia de forma de publicitação.
Imaginemos, ou, “tragamos da nossa memória”, a imagem das muitas pessoas que se acumulam no passeio perante uma passadeira que atravessa uma larga avenida. Todas esperam o sinal verde para poder passar. (apesar de vermos as excepções que esperam encontrar uns segundos de distância entre uns carros e outros para se lançarem em corridas vitais)
Nova forma de publicidade: mal o sinal fica verde, o/a contratado/a pela agência publicitária corre para o meio da passadeira. Pára. E começa a fazer algo extremamente fascinante (ou talvez nem seja preciso tanto o “fantástico”) para as pessoas que (como disse anteriormente – numa avenida larga, logo, a passadeira é razoavelmente longa) ainda estejam a percorrer a passadeira, tenham a sua atenção conquistada.
Razão para ser uma ideia genial: a maior parte da publicidade passa-nos ao lado porque se baseia em ideias habituais e, como tal, não capta a nossa atenção. Pelo contrário, até pode passar a ser publicidade negativa. (Ex: os papéis que distribuem no meio da rua. Maior parte das pessoas recusa sequer pegar no papel). Por isso existem pessoas a especializarem-se neste ramo de actividade, tendo sempre como premissa a criatividade por forma a garantir sempre o surgimento de novas ideias. Assim, esta publicidade, se usada em proporções inteligentes, será praticamente impossível de evitar (as pessoas não vão querer, nem poder passar noutro sitio); o publico alvo não é obrigado a ter que ler frases mais que usadas como: “o produto é o melhor” e “oferece este mundo e o outro”; e, acho que, basicamente, será divertida.
A utilização desta ideia sem o devido consentimento da autora por qualquer pessoa singular ou colectiva será punida por lei.
A consequência desta imagem que, por remeter a nossa memória aos filmes (que suponho seja o único sitio em que a maioria das pessoas viu esta situação), é a captação da nossa atenção.
Ainda antes destas figuras de corpos aparecerem pelo chão que pisa a multidão, a minha imaginação trouxe-me uma ideia de forma de publicitação.
Imaginemos, ou, “tragamos da nossa memória”, a imagem das muitas pessoas que se acumulam no passeio perante uma passadeira que atravessa uma larga avenida. Todas esperam o sinal verde para poder passar. (apesar de vermos as excepções que esperam encontrar uns segundos de distância entre uns carros e outros para se lançarem em corridas vitais)
Nova forma de publicidade: mal o sinal fica verde, o/a contratado/a pela agência publicitária corre para o meio da passadeira. Pára. E começa a fazer algo extremamente fascinante (ou talvez nem seja preciso tanto o “fantástico”) para as pessoas que (como disse anteriormente – numa avenida larga, logo, a passadeira é razoavelmente longa) ainda estejam a percorrer a passadeira, tenham a sua atenção conquistada.
Razão para ser uma ideia genial: a maior parte da publicidade passa-nos ao lado porque se baseia em ideias habituais e, como tal, não capta a nossa atenção. Pelo contrário, até pode passar a ser publicidade negativa. (Ex: os papéis que distribuem no meio da rua. Maior parte das pessoas recusa sequer pegar no papel). Por isso existem pessoas a especializarem-se neste ramo de actividade, tendo sempre como premissa a criatividade por forma a garantir sempre o surgimento de novas ideias. Assim, esta publicidade, se usada em proporções inteligentes, será praticamente impossível de evitar (as pessoas não vão querer, nem poder passar noutro sitio); o publico alvo não é obrigado a ter que ler frases mais que usadas como: “o produto é o melhor” e “oferece este mundo e o outro”; e, acho que, basicamente, será divertida.
A utilização desta ideia sem o devido consentimento da autora por qualquer pessoa singular ou colectiva será punida por lei.
domingo, março 05, 2006
E é assim...
Comecei o dia bem. Não tinha as primeiras aulas e, como tal, só entrava ao meio-dia e meia.
Apanhei o autocarro depois da hora necessária para chegar a horas à faculdade. O condutor do autocarro esperou um tempo gentil numa paragem para que uma senhora idosa saísse à velocidade (lenta) a que conseguia e esperou outro tempo amável para que uma senhora, também ela idosa, entrasse e se sentasse antes de arrancar o autocarro. Sim, porque quem já andou nestes autocarros urbanos sabe que quando aquilo arranca… – segurem-se! E a sua terceira atitude bela foi quando outra senhora de certa idade entra e pergunta se o passe do mês anterior ainda dava para o 1º dia do mês seguinte e o condutor responde que não, mas que ela se sentasse que ele deixava passar. (Sim, apanhei o autocarro à hora em que a 3ª idade começa o dia)
Aquele Sr. Condutor fez-me pensar que o mundo ainda era mais belo do que ter aulas mais tarde e estar um solinho primaveril.
Li mais um pouco do meu livro de bolso. Livro esse de seu titulo “As boas consciências” e do qual a sinopse refere que trata de um novo género de turismo. Um turismo aos locais definidos como “maus”. Bom, estava eu a ler muito descansada o meu livrinho quando me surgem palavras referentes a sexo oral. Mas não eram apenas “referentes”! Eram objectivas e explícitas. A palavra que me fez dobrar um pouco mais o livro de modo a fechá-lo a olhares curiosos começava por B… Sim, porque eu já vi muito boa gente a deitar o olho às leituras dos outros no comboio e no metro. Fiquei um pouco constrangida com aquela temática. E o que pensariam ao ver uma menina de ar angelical a ler um livro com aquelas palavras? Provavelmente que todo o livro tratava desse assunto e que “As boas consciências” era o titulo perfeito para servir a ambiguidade, o vago, o relativo. Pois bem, deixem-me que vos diga que o livro trata de questões sociais.
Depois de sair das aulas tive que ir ao Saldanha mudar a haste dos meus óculos. Pah… Sabem quando há um sitio (normalmente acontece em praças) e que têm que atravessar mil passadeiras todas umas a seguir às outras e o sitio é “já ali”? O pior é quando essas passadeiras estão reguladas por sinais luminosos e os sinais ficam sempre verdes para os carros quando os pedestres chegam ao seu inicio. O que significa que se atravessa a primeira passadeira e se está a ver os carros parados na rua em que passa a próxima passadeira e quando se chega lá TUMBA fica verde para os carros. Espera-se. Fica verde para os peões. Atravessamos a 2ª passadeira e já vemos a próxima livre porque os carros estão todos parados no vermelho e quando lá chegamos TUMBA! verde para os carros. Além de ser cómico este anda não anda em meia dúzia de metros, chega a ser pior - os pedestres têm que (se estivesse um mau dia) ficar ali à chuva ou ao vento ou debaixo de um calor sufocante. Não sabem programar os semáforos para um pedestre a uma velocidade média/normal atravesse todas as passadeiras de uma vez? Uma palavra? Ridículo.
Depois, já na loja dos óculos: Um rapaz simpático vem atender-me. Explico o que se passa e ele trata de ir resolver o meu problema. Adivinhem… ainda fez pior. Ele só tinha que colocar uma haste e conseguiu colocá-la torta. Ele só tinha que apertar um bocadinho as hastes atrás e os óculos ficavam tortos na minha cara. Uma vez até tentei explicar-lhe EXACTAMENTE o que EU via e achava, para que ele fizesse o que eu dizia e deixasse de cometer erros. Ele para apertar tinha que ir para a “oficina”. Ele foi e voltou mais de 5 vezes. A loja só me tinha a mim e 4 empregados. Já estavam todos a envolver-se e a olhar para mim. Com certeza pensavam que eu era uma cliente chata e impossível de satisfazer. A resposta é.. Não. Ele é que era incompetente ou para ser menos mazinha e dar o benefício da dúvida… inexperiente.
Tenho as orelhas demasiado perto do nariz e por isso tenho os meus óculos com um ângulo de 90º exactamente a meio do comprimento da haste. Ah, e os óculos ficavam tortos quando ele lhes mexeu porque, segundo o cavalheiro, as minhas bochechas são diferentes. Não tinha nada a ver com o facto de quando se pousava os óculos numa mesa uma haste ficar a baloiçar no ar.
Pela temperatura quente que traziam sempre que ele vinha do “oficina” percebi que a grande técnica constava apenas em aquecer as hastes e moldá-las. Resultado: fi-lo em casa.
Apanhei o autocarro depois da hora necessária para chegar a horas à faculdade. O condutor do autocarro esperou um tempo gentil numa paragem para que uma senhora idosa saísse à velocidade (lenta) a que conseguia e esperou outro tempo amável para que uma senhora, também ela idosa, entrasse e se sentasse antes de arrancar o autocarro. Sim, porque quem já andou nestes autocarros urbanos sabe que quando aquilo arranca… – segurem-se! E a sua terceira atitude bela foi quando outra senhora de certa idade entra e pergunta se o passe do mês anterior ainda dava para o 1º dia do mês seguinte e o condutor responde que não, mas que ela se sentasse que ele deixava passar. (Sim, apanhei o autocarro à hora em que a 3ª idade começa o dia)
Aquele Sr. Condutor fez-me pensar que o mundo ainda era mais belo do que ter aulas mais tarde e estar um solinho primaveril.
Li mais um pouco do meu livro de bolso. Livro esse de seu titulo “As boas consciências” e do qual a sinopse refere que trata de um novo género de turismo. Um turismo aos locais definidos como “maus”. Bom, estava eu a ler muito descansada o meu livrinho quando me surgem palavras referentes a sexo oral. Mas não eram apenas “referentes”! Eram objectivas e explícitas. A palavra que me fez dobrar um pouco mais o livro de modo a fechá-lo a olhares curiosos começava por B… Sim, porque eu já vi muito boa gente a deitar o olho às leituras dos outros no comboio e no metro. Fiquei um pouco constrangida com aquela temática. E o que pensariam ao ver uma menina de ar angelical a ler um livro com aquelas palavras? Provavelmente que todo o livro tratava desse assunto e que “As boas consciências” era o titulo perfeito para servir a ambiguidade, o vago, o relativo. Pois bem, deixem-me que vos diga que o livro trata de questões sociais.
Depois de sair das aulas tive que ir ao Saldanha mudar a haste dos meus óculos. Pah… Sabem quando há um sitio (normalmente acontece em praças) e que têm que atravessar mil passadeiras todas umas a seguir às outras e o sitio é “já ali”? O pior é quando essas passadeiras estão reguladas por sinais luminosos e os sinais ficam sempre verdes para os carros quando os pedestres chegam ao seu inicio. O que significa que se atravessa a primeira passadeira e se está a ver os carros parados na rua em que passa a próxima passadeira e quando se chega lá TUMBA fica verde para os carros. Espera-se. Fica verde para os peões. Atravessamos a 2ª passadeira e já vemos a próxima livre porque os carros estão todos parados no vermelho e quando lá chegamos TUMBA! verde para os carros. Além de ser cómico este anda não anda em meia dúzia de metros, chega a ser pior - os pedestres têm que (se estivesse um mau dia) ficar ali à chuva ou ao vento ou debaixo de um calor sufocante. Não sabem programar os semáforos para um pedestre a uma velocidade média/normal atravesse todas as passadeiras de uma vez? Uma palavra? Ridículo.
Depois, já na loja dos óculos: Um rapaz simpático vem atender-me. Explico o que se passa e ele trata de ir resolver o meu problema. Adivinhem… ainda fez pior. Ele só tinha que colocar uma haste e conseguiu colocá-la torta. Ele só tinha que apertar um bocadinho as hastes atrás e os óculos ficavam tortos na minha cara. Uma vez até tentei explicar-lhe EXACTAMENTE o que EU via e achava, para que ele fizesse o que eu dizia e deixasse de cometer erros. Ele para apertar tinha que ir para a “oficina”. Ele foi e voltou mais de 5 vezes. A loja só me tinha a mim e 4 empregados. Já estavam todos a envolver-se e a olhar para mim. Com certeza pensavam que eu era uma cliente chata e impossível de satisfazer. A resposta é.. Não. Ele é que era incompetente ou para ser menos mazinha e dar o benefício da dúvida… inexperiente.
Tenho as orelhas demasiado perto do nariz e por isso tenho os meus óculos com um ângulo de 90º exactamente a meio do comprimento da haste. Ah, e os óculos ficavam tortos quando ele lhes mexeu porque, segundo o cavalheiro, as minhas bochechas são diferentes. Não tinha nada a ver com o facto de quando se pousava os óculos numa mesa uma haste ficar a baloiçar no ar.
Pela temperatura quente que traziam sempre que ele vinha do “oficina” percebi que a grande técnica constava apenas em aquecer as hastes e moldá-las. Resultado: fi-lo em casa.
And I wonder...
Muito ao estilo da Carrie no Sex And The City ou talvez nem por isso.
A roupa julgo que se coloca numa outra posição, mas uns óculos de ver ou de sol devem ser giros para nós ou em nós?
Encontramos uns óculos que adoramos, quando os pomos na cara não ficam bem. (sendo já esta última afirmação um pouco subjectiva também) Compramos ou não?
Ora bem, os óculos, sempre que os tirarmos da cara para guardar ou a função inversa, vão ser algo de que gostamos, por serem, só por si, giros. Se não nos virmos ao espelho, não teremos o problema de nos ficarem mal. O único problema é o que os outros acham (quem nos vê) = ficam-nos mal. Mas anda-se sempre a dizer "Não interessa o que os outros dizem. Sê tu próprio!". Pelo que concluo que devemos comprar óculos que nos ficam mal desde que gostemos deles. (hah, e a conclusão é seguir o que as pessoas das aspas dizem... que é não seguir o que as pessoas dizem! A vida é uma grande ironia.)
A roupa julgo que se coloca numa outra posição, mas uns óculos de ver ou de sol devem ser giros para nós ou em nós?
Encontramos uns óculos que adoramos, quando os pomos na cara não ficam bem. (sendo já esta última afirmação um pouco subjectiva também) Compramos ou não?
Ora bem, os óculos, sempre que os tirarmos da cara para guardar ou a função inversa, vão ser algo de que gostamos, por serem, só por si, giros. Se não nos virmos ao espelho, não teremos o problema de nos ficarem mal. O único problema é o que os outros acham (quem nos vê) = ficam-nos mal. Mas anda-se sempre a dizer "Não interessa o que os outros dizem. Sê tu próprio!". Pelo que concluo que devemos comprar óculos que nos ficam mal desde que gostemos deles. (hah, e a conclusão é seguir o que as pessoas das aspas dizem... que é não seguir o que as pessoas dizem! A vida é uma grande ironia.)
Subscrever:
Mensagens (Atom)