Estão a chegar-se… Cada vez mais perto, estão a chegar-se.
E eu vou sorrindo, como quem não percebe… Vou trocando o passo e desviando o assunto…
Vão falando de cores que pensam interessar-me, só que as linhas são mais rectas do que o seu gingar. Julgam-me mais do que me conhecem.
Dou um passo atrás, e sorrio, como manobra de diversão para me aperceber do espaço que ainda me resta…
A conversa continua e pergunto-me se não sou suficientemente clara...?! (talvez julguem que conseguem ver através de mim…) E, despercebidamente, dou mais um passo atrás.
Desviando o olhar, procuro em volta por algo inesperado que me salve e, sorrindo cada vez menos confortável, continuo a sentir chegarem-se…
Um sufoco começa a impedir que possa fingir mais que isto também faz sentido para mim...
Pronto!, já senti a parede fria nas minhas costas! Agora já não tenho espaço de manobra para escapar...!
(Não sei o que querem. Mas sei que é de mim… E isso, assusta-me.)
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