Estende-lhe a mão para que lhe cries o vício e depois deixa-o... a contorcer-se... sozinho... a ver-te sem lá estares. A morder o vidro e cuspir sangue... O verde da esperança já há muito que secou.
Subiram ao topo das torres e acreditaram que estavam mais perto do céu. Mas, embora abafado pela multidão, nas ruas estava gravado um passado… e sabiam que a inclinação de uma torre abalaria a sua felicidade.
O declive é desenhado como um sacrilégio para os demais ingénuos. É uma ingenuidade Primaveril seguida de uma possível morte prematura.
Esperam pela mais escura das noites, na esperança de um novo e resplandecente amanhecer. Ainda mantêm uma agulha na pele, numa costura débil e indefesa para agarrar os restos que ainda permanecem marcados a ferro, desejando uma cicatrização.
É a Teoria do Caos.
“Uma transformação inesperada num futuro incerto” - o efeito borboleta. Borboleta essa que quando lhe tocar nas asas deixará de poder voar. Anda sobre o fio da navalha… a navalha que corta.
No entanto, persegue a borboleta com um brilho nos olhos e uns sapatos velhos nos pés. Embora os sapatos não dancem como antes, são cómodos e sabem a casa. E por mais que o bater das asas possa ser emocionante, as inúmeras cores enganam e seduzem a um caminho percorrido pelos velhos sapatos que ainda não andaram todos os quilómetros. Fizeram os prados verdejantes e algumas partes lamacentas mas ainda não enfrentaram a guerra...
Agora, têm que se molhar e conseguir secar.