Fantasias são extraordinárias formas de completarmos o presente, passado ou futuro. São formas de fuga (mesmo que não haja nada de que fugir, sem ser as limitações da vida). São imagens, deambulações, dissertações da nossa mente e desejo.
Em mim, e a meu ver, são saudáveis e permito-me essa suposta infidelidade ou pseudo-deslealdade à minha relação real.
Penso que a única exigência, o critério de admissão a este mundo, a esta janela, a esta viagem, é saber mantê-las (apenas) como uma fantasia. Porque a partir do momento em que se tornassem palpáveis, perderiam todo o seu fascínio.
Preenchem espaços que a nossa fome humana insaciável e complexa não deixa que os outros que aqui estão, ocupem.
Não sei se sou altruísta ao ponto de dizer que admito e não me custa que o meu parceiro também as tenha, porque nem todos temos as mesmas necessidades nem a mesma facilidade, sinceridade, abertura e honestidade ou mesmo percepção dos nossos desejos mais íntimos. Escondemo-los ou abafamo-los no nosso íntimo, com o juízo social a ecoar, enquanto estamos na nossa tribuna, censurando e repreendendo-nos, dizendo serem errados.
Talvez fantasie porque o meu cérebro está em constante funcionamento, em fabrico de pensamentos, e sabe-me bem, representa um desafio, saber o que me parece agradar e o que pareço cobiçar ao de leve em fantasia (algo basicamente carnal), e o que tenho na vida real.
Sei que na realidade, o toque quente de uma mão autêntica é muito mais forte do que um pensamento esvoaçante. E que uma fantasia pode tomar-nos horas a contruir-se e completar-se mas o aqui e agora, o que existe, é o que me faz estremecer.
Quando escrevo, desvendo-me e obrigo-me a conhecer-me e a afirmar com certezas o que me passa pela cabeça como um sopro, e apontar uma teoria coesa, consistente, coerente.
E por isso, não posso deixar de declarar que a minha mente tem muita força, e com ela posso fazer tudo, fantasiando.
Em mim, e a meu ver, são saudáveis e permito-me essa suposta infidelidade ou pseudo-deslealdade à minha relação real.
Penso que a única exigência, o critério de admissão a este mundo, a esta janela, a esta viagem, é saber mantê-las (apenas) como uma fantasia. Porque a partir do momento em que se tornassem palpáveis, perderiam todo o seu fascínio.
Preenchem espaços que a nossa fome humana insaciável e complexa não deixa que os outros que aqui estão, ocupem.
Não sei se sou altruísta ao ponto de dizer que admito e não me custa que o meu parceiro também as tenha, porque nem todos temos as mesmas necessidades nem a mesma facilidade, sinceridade, abertura e honestidade ou mesmo percepção dos nossos desejos mais íntimos. Escondemo-los ou abafamo-los no nosso íntimo, com o juízo social a ecoar, enquanto estamos na nossa tribuna, censurando e repreendendo-nos, dizendo serem errados.
Talvez fantasie porque o meu cérebro está em constante funcionamento, em fabrico de pensamentos, e sabe-me bem, representa um desafio, saber o que me parece agradar e o que pareço cobiçar ao de leve em fantasia (algo basicamente carnal), e o que tenho na vida real.
Sei que na realidade, o toque quente de uma mão autêntica é muito mais forte do que um pensamento esvoaçante. E que uma fantasia pode tomar-nos horas a contruir-se e completar-se mas o aqui e agora, o que existe, é o que me faz estremecer.
Quando escrevo, desvendo-me e obrigo-me a conhecer-me e a afirmar com certezas o que me passa pela cabeça como um sopro, e apontar uma teoria coesa, consistente, coerente.
E por isso, não posso deixar de declarar que a minha mente tem muita força, e com ela posso fazer tudo, fantasiando.