quinta-feira, agosto 31, 2006

O Que Fica


Só Eu Sei Ver o Sol Nascer - Toranja



"Vê que o tempo não parou

Vê que o tempo não parou
Vê o rasto que deixou
Vê o rasto que deixou
Por trás de ti, no meio de nós
Vê o sangue que ficou"

Sangue Que Ficou - Toranja



Contos

"Não posso ser só eu a dar sentido à razão
Vais ter que vir tu arrancar-me a escuridão
É que ás vezes quem vence fica sempre a perder
Vamos deixar de usar armas no que queremos ser
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós, sem mais contos de embalar
Não podes ser só tu a dar sentido ao buraco
Se não te queres lembrar do que sentiste no fundo
Agora tens que vir tu saciar-me os segredos
Porque é fácil demais o que me queres vender.
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós, sem mais contos de embalar
Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós
Vais ter que despir o que tenho a mais
Por ver sempre tudo a desconstruir
Por cima da raíz que nunca sai
Que volta a crescer por não parar
Que volta a crescer por ser maior
Voltou a crescer sem avisar!

Sem mais contos de embalar. "


- Toranja -

"Tenho fome de mais!"

sábado, agosto 19, 2006

Depois de uma valente gargalhada...

"Gosto quando te ris. É a minha coisa preferida." disse-me ele.

Click

Por detrás do sol, daquela porta e até dessa palavra não viste o que estava.
Será que o que vi iluminar-se antes, vislumbrei sob a luz de um relâmpago?
São 13h de alegria e um minuto de embate frontal. Um minuto que se junta a mais 1h de tristeza.
A ingenuidade e boa vontade tapa-nos o discernimento para o "tudo o que é demais, cansa", e continuamos a adicionar e a cansar-nos.
Imagens feias ganham vida e são proclamadas com toda a sinceridade do momento. Depois de completamente elaboradas, ficam cá fora... meio parvas.... sem saber para onde ir, tal como alguém que está perdido.
Uma respiração controlada dá as mãos a um sorriso menos verdadeiro. A mentira por detrás disso nem tu a sabes.
Palavras são só palavras... serão? Muitas vezes são-no. Outras, são toda a verdade que alguma vez poderás conhecer. Mesmo que sejam mentira.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Moldes Corporais

Estava deitada na rede... estava com ele.
Esteve um dia quente e aquela noite de um Agosto que desejamos sempre.
Descobrimos que os tornozelos apoiados nos ombros e os pés atrás da cabeça do outro resultam num ajuste razoável como apoio de cabeça.
Os dedos das mãos que se entrelaçam, os dos pés por brincadeira, o "abraço de sempre", sentar frente-a-frente e abraçar com as pernas, deitada com apenas uma perna e um braço sobre o corpo dele e a minha cabeça entre o seu ombro e peito.
Podia ficar aqui a lembrar-me de mil e uma formas de como dois corpos se podem unir. A facilidade com que dois corpos se moldam um ao outro é formidável quando a necessidade é o próximo. Isto, excluindo a referência às uniões extracorporais. Mas essas são mais complicadas, pessoais, difíceis e exclusivas. Não têm um molde. Cada um sente-a de forma diferente, vive e expressa-a de forma diferente e raramente é igual aquilo que nos puxa nas diferentes paixões.
São essas uniões transcendentes ao corpo que podemos sempre levar connosco. São as que trazem saudade da união física. Pelo menos até que as larguemos ou nos deixem por si mesmas com talvez um empurrãozinho dos ponteiros do relógio.
Melhor que estas noites quentes de lua cheia é poder sentir o corpo do cérebro que nos seduz.

domingo, agosto 06, 2006

Alquimia

Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três objectivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. Ambos estes objectivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mítica que amplifica os poderes de um alquimista. Finalmente, o terceiro objectivo era criar vida humana artificial, o [homunculus].
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da Longa Vida e a pedra filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, não poderiam ser considerados substâncias reais.
Há pesquisadores que identificam o Elixir da Longa Vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas.
No entanto, muito do trabalho alquímico relacionado com os metais era apenas uma metáfora para um trabalho espiritual. Torna-se mais clara a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na
Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresia, satanismo e outras coisas, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica.
Como
ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto, místico e mítico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder do que em revelar.
A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza na sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição.
Portanto, a alquimia é uma arte
filosófica, que procura ver o universo de uma outra forma, encontrando nele o seu aspecto espiritual e superior.
A alquimia baseia-se na "Troca Equivalente" - para se criar algo é preciso dar algo de igual valor. O mesmo princípio é usado hoje em dia: "Na natureza nada se cria nada se destrói, tudo se transforma."

[http://wikipedia.org/]


“Quem nada conhece, nada ama.
Quem nada pode fazer, nada compreende.
Quem nada compreende, nada vale.
Mas, quem compreende, também ama, observa, vê...
Quanto mais conhecimento houver inerente numa coisa, tanto maior o amor...
Aquele que imagina que todos os frutos amadurecem ao mesmo tempo como as cerejas, nada sabe a respeito das uvas...”

Paracelsus


E assim disse Paracelsus, o alquimista.